Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

OPERAÇÃO OLIVENÇA – 2009


Figueiró dos Vinhos - Paços do Concelho


 


Figueiró dos Vinhos, 27 de Junho de 2009

Foi a primeira vez que estive presente no convívio de ex-militares que serviram na 3ª. C. Caç. do B. Caç. 20, aquartelada em Olivença, no extremo norte do Niassa, em Moçambique. Já há algum tempo que aguardava, com ansiedade, a chegada deste dia, porque era a primeira vez que iria encontrar camaradas com os quais convivi há 36 anos.

 

Em amena "cavaqueira" antes do Almoço

A minha ansiedade ia crescendo, durante a minha viagem de Ovar até ao local do Encontro, parecendo-me que os 140 Kms. seriam mais de 300. Até que, por fim, cheguei a um local aprazível e com todas as condições para um óptimo convívio.

O José Martins da Graça está, de facto, de parabéns, porque tratou de tudo, ao pormenor, e contemplou-nos com um repasto digno de se ver e de se comer. A sopa de pedra e a caldeirada de cabrito estavam divinais e acrescentar a isso, os bolos e as sardinhas assadas culminaram um convívio que eu recordarei, para sempre.

Parabéns, amigo Graça.

As recordações dos tempos vividos em Olivença eram o tema das conversas dos pequenos grupos que se iam formando. Todos tinham mais uma história para contar, mais um momento de recordação de histórias comuns, tão presentes na nossa memória que me pareceu que tínhamos rebobinado o filme e estávamos, de novo, a ser os protagonistas do mesmo filme rodado 36 anos atrás.

 

O Almoço (José Graça em 1º. plano) A conversa de fim de almoço Os bolos comemorativos

Há uma ideia muito importante que retive deste encontro e que passo a explanar:

- Pelo País, em quase todos os fins de semana, realizam-se encontros de ex-militares que serviram nas ex-colónias. Há, ainda, franjas da nossa população que vêem esses encontros como concentrações de saudosistas de um passado fascista e colonialista e com um certo cunho de reaccionarismo. Eu próprio comungava desta ideia. Afinal, estava redondamente enganado. Não existe qualquer frustração, qualquer saudosismo e, muito menos, qualquer sentimento anti-independência das ex-colónias. A forma como essa independência foi feita é que se torna, extremamente, polémica e que, do meu ponto de vista, no caso de Moçambique representou uma capitulação dos nossos governantes de então perante um movimento que se autoproclamava de “Libertação”, mas que acabou por conduzir Moçambique a uma ditadura estalinista, com resultados que perdurarão por algumas décadas.

 

À volta da mesa dos bolos comemorativos Foto comum de Olivença (1973). Ismael, Patrício Costa e Esposa, Raimundo, Álvaro Teixeira e José Graça Foto de conjunto

Enfim, foi um óptimo encontro em nada faltou e incluiu, até, alguns dos toques de corneta a que estávamos habituados e que regulavam a nossa vida no Aquartelamento de Olivença.

 


Durante o Almoço

Já ficou agendada a “Operação Olivença 2010”.

Se Deus quiser, será em Ovar, no último Sábado do mês de Junho.

Um abraço fraterno para todos e até “Olivença 2010”.

 

Ovar, 29 de Junho de 2009

Álvaro Teixeira (GE)

 

publicado por gruposespeciais às 21:58
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