Domingo, 18 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES - Moçambique (28/10/2009) - (2)


 


 


Depois de no artigo anterior ter abordado o facto de dois “anormais”, Mariano Matsinhe e Alberto Chipande se considerarem, como membros da Frelimo, donos do destino de um Povo que, após 35 anos do fim da Luta de Libertação, ainda não conhece o que são os verdadeiros valores da Democracia, da Justiça Social, da Liberdade e do direito à procura da sua própria Felicidade, irei procurar, hoje tecer algumas considerações sobre este verdadeiro drama que assola a sociedade moçambicana:

1 – Os quadros que, ainda hoje, dominam o cenário político moçambicano são oriundos da Luta Armada e, na sua grande maioria têm um nível de escolaridade muito baixo (o Guebuza e Dhlakama possuem, apenas, o 9º ano de escolaridade e ambos são líderes dos respectivos partidose tenentes-generais!!!). Há outros dirigentes que foram instruídos em Escolas de Missões que abandonaram antes de concluírem o ensino secundário, a fim de se juntarem à Frelimo. Todos estes dirigentes, por falta de instrução de base foram permeáveis às doutrinas marxistas-leninistas e, num período posterior, o maoísmo. Estas teorias que nada tinham a ver com os valores, acima enunciados, foram as que aprenderam alguns quadros da Frelimo e que as vieram a implementar, logo após Abril de 1974, em Moçambique, com as centenas de milhares de crimes cometidos e com a destruição de toda a economia do País. Estes efeitos foram e continuam tão nefastos que, dos 20 milhões de moçambicanos, 16 milhões vivem em condições de pobreza extrema e, destes 16 milhões, 70% são constituídos por mulheres;

 

O sofrimento da Mulher Moçambicana (Um atentado à democracia, à liberdade e ao direito de ser feliz)

 

2 – A oposição dos “velhos” e incultos à renovação tenderá a agravar, ainda mais, a situação, uma vez que os Países Doadores não tolerarão mais devaneios anti-democráticos como os que se estão a verificar neste processo eleitoral e tendo já a Suécia e a Finlândia com a suspensão das doações e, neste momento, tanto a Comunidade Europeia como os EUA, estão a repensar as suas posições. Ora, se chegarmos a uma situação desse género, penso que os tais “velhos e incultos tentarão ensaiar uma fuga para a frente com consequências desastrosas que poderão levar Moçambique a um “País Falhado”, no contexto internacional;

 

3 – Por último, é importante referir que Moçambique não possui riquezas naturais que não possam ser encontradas noutros países, tanto em qualidade como em quantidade, por isso, esses incultos que governam o País devem convencer-se que Moçambique não possui uma posição geoestratégica de grande importância nem a sua posição económica é importante para o Mundo Global. E é neste contexto que deve ser encarada a grande percentagem dos moçambicanos que vivem em pobreza extrema (16 milhões = 80%) e cuja situação se agravará, substancialmente, em caso de diminuição das Doações.

 

As saídas para esta situação, serão analisadas no próximo Artigo.

 

Ovar, 17 de Outubro de 2009

Álvaro Teixeira (GE)    

 

publicado por gruposespeciais às 00:42
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